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As commodities agrícolas começaram a devolver parte da queda registrada no último trimestre de 2008, o que influenciou nos preços no atacado. Esse impacto pressionou o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) já na primeira prévia de fevereiro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador subiu 0,42%, ficando acima da deflação de 0,31% registrada em igual período de janeiro. A inflação superou as expectativas do mercado financeiro que projetava alta entre 0,12% e 0,39%.
Nesta mediação, o Índice de Preços por Atacado (IPA) saltou de -0,56% para 0,49%, sendo que o índice referente a bens finais registrou avanço de -0,02% para 1,42% com contribuição do subgrupo alimentos processados (-2,07% para 3,15%). No estágio dos bens intermediários, a taxa de variação passou de -0,61% para -0,46%, devido a aceleração do subgrupo materiais e componentes para a manufatura (-0,90% para 0,04%).
O índice referente a matérias-primas brutas aumentou de -1,08% para 0,84%, com destaque para soja em grão (1,08% para 7,01%), bovinos (-6,43% para -0,34%) e café em grão (-1,99% para 7,28%). Em sentido descendente, destacam-se: mandioca (-0,54% para -11,33%), minério de ferro (1,87% para -1,96%) e leite in natura (5,28% para 0,30%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve discreto recuo, passando de 0,24% para 0,21%. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice registraram decréscimos em suas taxas de variação. Os destaques ficaram por conta dos grupos alimentação (0,15% para -0,08%) e vestuário (0,52% para -0,81%). Na primeira classe de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (3,02% para 0,49%), frutas (1,35% para -0,48%) e panificados e biscoitos (0,27% para -0,77%). Na segunda, o destaque foi o item roupas (0,90% para -0,77%).
Ainda no varejo tiveram queda transportes (0,35% para 0,23%), saúde e cuidados pessoais (0,45% para 0,40%) e habitação (0,21% para 0,19%). Sendo os principais responsáveis: tarifa de táxi (3,53% para -2,17%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,54% para 0,12%) e material para reparos de residência (2,21% para -0,05%), respectivamente Em contrapartida, houve acréscimo em educação, leitura e recreação (0,14% para 1,50%) e despesas diversas (0,17% para 0,32%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) voltou a subir, saindo de 0,13% para 0,43%, com influência dos gastos com materiais e serviços (0,23% para 0,47%) e mão-de-obra (0% para 0,39%).
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Vanessa Stecanella/ InvestNews)
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