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A maioria dos pedidos de demissão ocorre devido a uma proposta salarial melhor (41%), falta de reconhecimento da empresa (22%) e problemas com a chefia (22%).
Esse levantamento foi realizado na última semana de novembro de 2022, com 176 profissionais no Brasil, sendo 55,6% em postos de liderança.
O estudo, coordenado pela Reconnect Happiness at Work e a Feedz, também indica que, enquanto cerca de 50% dos funcionários se sentem engajados no trabalho, a outra metade se diz sobrecarregada (33,5%) ou apática, fazendo o mínimo possível no horário do expediente (11,9%). Apenas 7,4% se mostram realizados.
“Os resultados apontam que é preciso priorizar as pessoas na construção do futuro do trabalho”, analisa a diretora da Reconnect Happiness At Work, Renata Rivetti.
Para ela, se antes a gestão tóxica, a falta de reconhecimento e a flexibilidade eram aceitas, hoje em dia, para gerar resultados sustentáveis, esses temas precisam ser priorizados pelas organizações, caso não, continuará acontecendo fenômenos como a grande renúncia e o quiet quitting [demissão silenciosa.
Para o CMO (diretor de marketing) e cofundador da Feedz, Gabriel Leite, os próximos anos sinalizam desafios significativos para os departamentos de RH, por exemplo, tornar as lideranças mais humanas, positivas e empáticas.
Segundo o levantamento, as chefias terão um peso considerável no turnover do próximo ano, na opinião de mais de 30% dos trabalhadores.
Ao serem perguntados se planejam mudar de empregador em 2023, os entrevistados responderam que desejam continuar no mesmo emprego desde que sejam promovidos ou troquem de área (20,5%); que a liderança mude de atitude ou que o chefe seja substituído (13,1%).
“Se a companhia deseja reter talentos, é preciso conscientizar os gestores da sua importância no engajamento, motivação e felicidade das equipes”, aponta o relatório.
Ao analisarem os dados coletados, os especialistas recomendam que as diretorias revisem os planejamentos sobre o capital humano.
“O mundo mudou, as novas gerações questionam o papel do trabalho em suas vidas e o burnout é uma doença ocupacional”, destaca Rivetti que, segundo ela, as pessoas estão repensando carreiras e buscando realização.
Por isso, continua o CMO, não dá mais para banalizar o estresse das equipes ou os líderes nocivos.
“É preciso mudar, pois é o certo e o ético a se fazer diante uma nova consciência [no mercado de trabalho], mas também por ser a única forma sustentável de um negócio crescer, engajando seus times”, afirma Leite.
Com informações do Valor Econômico
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